Um espectáculo de Miguel Castro Caldas, Lígia Soares, Filipe Pinto, Gonçalo
Alegria, Miguel Loureiro e Tiago Barbosa
O título deste espetáculo é tirado do pseudo-epitáfio de Robespierre: “Passante, não chores a minha morte, se eu vivesse tu morrias.” O passante e Robespierre não podem estar vivos ao mesmo tempo e no entanto é isso que os dramaturgos e os atores fazem grosso modo no
teatro: o dramaturgo morre, e o ator ressuscita-o sem ele próprio morrer.
Tomemos alguém que lê um texto em voz alta, em público, de papel na mão: estamos a deparar-nos com a simultaneidade da sua presença e da sua não-presença (tanto do texto como do leitor). Com este espetáculo queremos evidenciar a não-presença, a fantasmagoria, o outro
acontecimento que não é aquele que os atores costumam afirmar como o aqui e o agora. Pôr ainda mais o morto em cena. Não vamos convocar os mortos para a vida, vamos convocar-nos nós para lá. E para isso pedimos ajuda ao texto que nos leve nesta viagem de morte.
Página três; vamos começar.
FICHA TÉCNICA:
Direção e texto: Miguel Castro Caldas
Conceção: Miguel Castro Caldas, Lígia Soares e Filipe Pinto
Cenário e Design: Filipe Pinto
Criação e interpretação: Lígia Soares, Miguel Loureiro e Tiago Barbosa
Criação, som, vídeo e luz: Gonçalo Alegria
Luz e Direção Técnica: Cristóvão Cunha.
Montagem e operação de luz: Tasso Adamopoulos
Pré-produção: Marta Raquel Fonseca
Produção executiva: Ritual de Domingo
Criação e assistência aos ensaios: Catarina Salomé Marques
Coprodução: Culturgest
Apoios: GDA, AND Lab, Espaço no Tempo, Produções Independentes. Enseada Amena, Polo Cultural das Gaivotas - CML, Fórum Dança
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Duração: 90 minutos
Classificação etária: M16
Preços: € 10,00; menores de 30 anos € 5,00